Havia um casal (…) que se casara em uma idade mais madura. A mulher já fora casada anteriormente, mas era o primeiro casamento do marido. Depois devários meses de felicidade conjugal, houve um desentendimento sério e o marido ficou tão magoado que não conseguia realizar suas tarefas diárias. Ainda abalado pelo impacto desse confronto, ele fez uma pausa para analisar o problema e percebeu que, ao menos em parte, era responsável pelo que acontecera. Ele procurou a mulher e, gaguejando, repetiu várias vezes: “Perdoeme, querida”. A mulher irrompeu em lágrimas, admitindo que, em grande parte, ela fora culpada e pediu perdão. Enquanto os dois estavam abraçados, ela confessou que nunca pedira perdão anteriormente e que agora sabia que no futuro conseguiriam resolver qualquer problema. Ela sentiu-se segura pois sabia que os dois eram capazes de dizer ‘perdoe-me’ e ‘eu perdôo’
lder Spencer W. Kimball, na época em que pertencia ao Quórum dos Doze Apóstolos:
”Para todo perdão existe uma condição. O curativo precisa ser tão amplo quanto a ferida. O jejum, as orações e a humildade devem ser iguais ou maiores do que o pecado. Precisa haver um coração quebrantado e um espírito contrito. Precisa haver pano de ‘saco e cinza’. Precisa haver lágrimas e uma mudança genuína no coração. Precisa haver a consciência do pecado, o abandono do mal, a confissão do erro às devidas autoridades do Senhor. Precisa haver restituição e uma mudança comprovada e decidida de atitudes, direção e destino. As condições precisam ser controladas e as companhias corrigidas ou mudadas. As vestes precisam ser lavadas até ficarem brancas, e precisa haver uma nova consagração e devoção à vivência de todas as leis de Deus. Em resumo, a pessoa precisa superarse a si mesma, ao pecado e ao mundo.” (O Milagre do Perdão, 1999, p. 353.)
O Presidente Gordon B. Hinckley aconselhou: “Se houver alguém que guarde no coração o veneno da inimizade, rogo a essa pessoa que peça ao Senhor que lhe dê forças para perdoar. A expressão desse desejo será a própria substância de seu arrependimento. Pode não ser fácil e não acontecer rapidamente, mas se o procurarem e cultivarem sinceramente, ele virá. (…) Sentirão no coração uma paz que, de outra forma, seria inatingível”. (A Liahona, novembro de 1991, p. 5; ver também Relacionamento Conjugal e Familiar Guia de Estudo do Participante, p. 26.)
Sugira que, quando sentirmos que alguém nos ofendeu, perguntemo-nos como o Salvador gostaria que reagíssemos. O Presidente Howard W. Hunter, 14º Presidente da Igreja, aconselhou: Devemos pensar mais nas coisas sagradas e agir mais de acordo com o que o Salvador espera de Seus discípulos. Devemos perguntar-nos sempre: “O que Jesus faria”? e depois ter mais coragem de agir conforme a resposta. (A Liahona, janeiro de 1995, p. 97.)
Leia o seguinte conselho do Presidente Joseph F. Smith, sexto presidente da Igreja:
”Todos temos nossas fraquezas e falhas. Às vezes o marido vê uma falha na mulher e ralha com ela. Às vezes a mulher sente que o marido não fez exatamente a coisa certa e o censura. Que bem há nisso? Não seria melhor perdoar? Não seria melhor ter caridade? Não seria melhor demonstrar amor? Não seria melhor deixar de apontar defeitos, deixar de ampliar as fraquezas por insistirmos em falar a respeito delas? Não seria melhor? Acaso a união que foi solidificada entre vocês pelo nascimento de filhos e pelos laços do novo e eterno convênio não se tornaria mais firme se vocês parassem de mencionar as fraquezas e faltas um do outro? Não seria melhor esquecê-las e nada dizer a respeito delas, enterrá-las e falar somente a respeito das coisas boas que conhecem e sentem, um para o outro, e assim enterrar as faltas um do outro em vez de ampliá-las? Não seria melhor assim?” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph F. Smith, pp. 180–181.)
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