quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A influência materna



A influência materna é a maior influência em potencial para o bem ou para o mal na vida humana. A imagem da mãe é a primeira que fica gravada na mente da criança. São os carinhos dela que primeiro despertam a sensação de segurança; são seus beijos que dão à criança as primeiras noções de afeto; é seu desvelo e sua ternura que conferem à criança a primeira certeza de que existe amor no mundo.

O chamado mais nobre do mundo é a maternidade. A verdadeira maternidade é a mais bela de todas as artes, a mais nobre de todas as profissões. A mulher que pinta obras-primas ou que escreve livros que influenciam milhões de pessoas merece a admiração e os aplausos da humanidade; mas a mulher que cria com êxito uma família de filhos belos e saudáveis, cuja alma imortal exercerá um enorme impacto ao longo dos anos, mesmo muito depois que as pinturas tiverem perdido seu brilho e os livros e estátuas tiverem se deteriorado ou perdido, merece as maiores honras que o homem é capaz de oferecer e as mais preciosas bênçãos de Deus
A maternidade é uma das coisas do mundo que mais verdadeiramente exemplificam as virtudes divinas da criação e do sacrifício. Embora leve a mulher à beira da morte, a maternidade também a conduz aos domínios das fontes da vida e torna-a parceira do Criador para conceder a mortalidade a espíritos eternos.
Ao longo dos anos da infância e da juventude e mesmo depois que as meninas se tornam mães e os meninos se tornam pais, a mãe continua a sacrificar-se por eles, com todo amor e carinho, seu tempo, seu conforto, seus prazeres, seu repouso e recreação merecidos e, se necessário, sua saúde e sua própria vida. Língua alguma é capaz de expressar a força, a beleza e o heroísmo do amor de uma mãe. (…)
(…) Entre os tesouros mais preciosos de minha alma figura a lembrança das orações de minha mãe ao lado de minha cama antes de dormir, de seu toque afetuoso ao cobrir a mim e meu irmão e dar a cada um de nós um carinhoso beijo de boa noite. Nós éramos novos e imaturos demais para dar o devido valor a essa devoção, mas não jovens demais para saber que nossa mãe nos amava.
Foi o fato de saber que minha mãe me amava e de desejar permanecer fiel aos ensinamentos de um pai exemplar que, mais de uma vez durante os conturbados anos da juventude, me levou a manter distância do precipício da tentação. 
Não existe trabalho mais nobre neste mundo a ser realizado por uma mulher do que criar e amar os filhos com os quais Deus a abençoou. Esse é seu dever.
  David O. McKay

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Eu acho que este é um dos males do mundo de hoje: não há suficientes mães más como a nossa mãe o foi...

 
OUVI ESTA HISTORIA NO DISCURSO DO IRMÃO ALEXANDRE PINHEIRO DA ALA MONDUBIM
 
Meus filhos, um dia, quando vocês forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de lhes dizer:
Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.
Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram da mercearia e os fazer dizer ao dono: Nós roubamos isto ontem e queríamos pagar.
Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês por uma hora, enquanto limpavam o seu quarto; tarefa que eu teria realizado em quinze minutos.
Eu os amei o suficiente para os deixar ver, além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.
Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as consequências eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso.
Essas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente... Venci... porque no final vocês venceram também!
E, qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, meus filhos vão lhes dizer quando eles lhes perguntarem se a sua mãe era má: Sim... nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo. As outras crianças comiam doces no café da manhã e nós tínhamos de comer pão, queijo, leite.
As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos de comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas.
Ela nos obrigava a jantar à mesa, bem diferente das outras mães, que deixavam os filhos comer vendo televisão. Ela insistia em saber onde nós estávamos a toda hora. Era quase uma prisão.
Mamãe tinha que saber quem eram os nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia que lhe disséssemos quando íamos sair, mesmo que demorássemos só uma hora ou menos.
Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela violou as leis de trabalho infantil. Nós tínhamos de lavar a louça, fazer as camas, lavar a roupa, aprender a cozinhar, aspirar o pó do chão, esvaziar o lixo e todo o tipo de trabalhos cruéis.
Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.
Ela insistia sempre conosco para lhe dizer a verdade, e apenas a verdade.
E quando éramos adolescentes, ela até conseguia ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata. Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que nós saíssemos.
Tinham de subir, bater na porta para ela os conhecer. Enquanto todos podiam sair à noite com doze, treze anos, nós tivemos de esperar pelos dezesseis.
Nossos amigos dirigiam o carro dos pais, mesmo sem ter habilitação, mas nós tivemos que esperar os dezoito anos para aprender, como pede a lei.
Por causa da nossa mãe, nós perdemos muitas experiências da adolescência. Nenhum de nós esteve envolvido em roubos, atos de vandalismo, violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.
Foi tudo por causa dela. Agora já saímos de casa. Somos adultos, honestos e educados, e estamos fazendo o possível para ser, também, "pais maus", tal como a nossa mãe.